Ora aqui está um poema que tenho pena de não ter sido eu a escrevê-lo... Existem uma série deles assim!
Campo de Concentração
Teus olhos, aves que poisas
sobre as amarguras do mundo,
e que bebem até ao fundo das coisas
como se as coisas não tivessem fundo;
Teus olhos, de asas abertas,
povoaram de voos
o claustro do meu rosto
e interrogaram as sombras, as sombras sempre despertas
deste sonho pressuposto.
Vai-te. Não interrogues nada, que eu não sei dizer-te nada.
Isto, isso e aquilo, não é isso, nem aquilo, nem isto.
Não é nada.
Ou talvez não seja nada.
Ou talvez seja só isto:
Um pavor de madrugada,
um mal que se chama EXISTO!
António Gedeão
Nenhum comentário:
Postar um comentário